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“Sempre fui destemida”, diz primeira piloto de avião sem braços da história

Primeira piloto de avião sem braços em toda a história, a americana Jessica Cox, 32 anos, prova que se adaptou à sua condição e aos olhares de estranhamento com os quais teve de lidar durante toda a vida. Cox, que nasceu sem os membros superiores, também é faixa preta no taekwondo.

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(Foto: Reprodução/ Facebook)

“Sempre fui destemida”, define ela sobre o início do contato com a aviação, que começou logo após ela se formar na faculdade e conhecer um piloto de caça que a perguntou se ela queria voar em um monomotor. “Se você me perguntasse sobre a obtenção de uma licença de piloto antes de 2005, eu diria que você estava louca”, lembrou em entrevista à revista.

O maior medo dela não era o de altura – afinal ela já escalava e gostava de olhar para baixo nesses momentos -, mas perder o contato com o solo.”Decolar não é nada assustador, mas aterrissar, sim. Quando está no ar, você sente aquela sensação de liberdade sem limites”, definiu.

Em seu site, ela lembra de como foi difícil finalmente obter a licença: ”Foram necessários três estados, quatro aviões, dois instrutores de voo e um ano desanimador para encontrar a aeronave certa”. O motivo para a demora estava além do medo e da superação pessoal: era um desafio logístico.

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“Aviões não são projetados para serem pilotados com os pés. Eu voei em um Ercoupe, que é o único sem pedais no leme. Ele não é um avião que foi modificado por mim, ele não foi construído para mim. Eventualmente encontrei um Parrish Traweek com o qual treinei, pois possuía seguro que permitia uso por estudantes”, contou.

De acordo com Cox, aos 11 anos, as próteses se tornaram rotina. “Os médicos diziam que se eu não aprendesse a usá-las enquanto era mais jovem, não havia nenhuma chance de que seria capaz de usá-las na vida adulta”, lembra. Por não se acostumar aos equipamentos, ela acabou os abandonando três anos depois.

Como nasceu sem os braços, pareceu mais natural fazer tudo com os pés. “Senti-me muito estranha com as próteses […] Elas são pesadas ​​e desconfortáveis. Se alguém lhe dá um abraço, você não quer perder o toque. Elas foram mais como uma gaiola para mim”, definiu.

Fontes: Marie Claire, Correio24horas

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