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Educação para o trânsito é testada nas ruas de Salvador

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A ação inusitada, iniciada quinta-feira, 14 na avenida Sete de Setembro, no centro de Salvador, consiste em mostrar a tentativa de uma pessoa com deficiência de atravessar uma pista usando a faixa de pedestres.

A cena, que será reproduzida durante todo este mês, tem como objetivo testar a educação para o trânsito dos motoristas soteropolitanos.

Trata-se de uma iniciativa da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) e da Porto Seguro Seguradora, que faz parte do Maio Amarelo – movimento internacional que visa chamar a atenção para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.

Nesta sexta, 15, a campanha acontece na rua Carlos Gomes. Mas, para as próximas edições – dias 22, 23, 28 e 29, das 11h às 14h -, os locais de realização não serão divulgados previamente.

Na quinta, o chefe de educação para o trânsito da Transalvador, Klebert Motta, passou por cadeirante para atravessar, pela faixa de pedestres, uma rua sem semáforo no centro da cidade. Condutores que pararam para ele passar eram abordados pela equipe da campanha, com balões, brindes, cartazes, faixas e muito barulho.

O administrador Marcos Costa, 47, foi um dos que obedeceram à determinação de parar o carro antes da faixa de pedestres. Para ele, a iniciativa pode “sensibilizar condutores irresponsáveis”.

Já um vendedor ambulante, que não quis se identificar, acredita que a ação é um paliativo. “Estão parando por causa da movimentação da equipe da Transalvador. Mas, diariamente, presenciamos senhoras e deficientes querendo atravessar e quase sendo atropelados”, pontuou.

Klebert Motta afirma que a intenção é conscientizar os motoristas sobre a importância de respeitar as leis de trânsito. “Temos observado que esta ação educativa tem despertado no condutor o que ele aprendeu quando tirou a primeira licença”, afirmou ele.

“As pessoas precisam respeitar os espaços compartilhados. Tentamos sensibilizar para que os motoristas, além de respeitar a legislação, também respeitem os direitos dos outros seres humanos, sobretudo de pessoas com mobilidade reduzida”, frisou Mirian Bastos, gerente de trânsito da Transalvador.

Segundo ela, a meta é contribuir com a resolução Década de Ações para a Segurança no Trânsito. O documento, elaborado na Assembleia Geral das Nações Unidas, em março de 2010, definiu que, entre 2011 e 2020, países de todo o mundo precisariam reduzir o número de mortes no trânsito.

A resolução foi desenvolvida com base em estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. A pesquisa também aponta que aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas após acidentes.
Levantamento

Dados da Transalvador indicam que atropelos estão em segundo lugar no ranking de acidentes na capital baiana, perdendo apenas para colisões.
Em 2014, o órgão registrou 1.580 atropelos, com mais de 70 mortes. Neste ano, de janeiro até quinta, foram 217 casos – com 29 óbitos. “O processo de reeducação é lento, mas a cidade está respondendo bem”, complementou Klebert Motta.

Fonte: atarde.uol.com.br

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