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Câmara de São Carlos aprova regras para melhor acessibilidade na cidade

acessibilidadeDeficientes físicos e visuais reclamam da dificuldade apara se locomover.
Código precisa ser aprovado pelo Prefeito, mas ainda não há previsão.

A Câmara Municipal de São Carlos (SP) aprovou uma série de regras pra melhorar a acessibilidade no município, contidas no Código Municipal de Acessibilidade e Mobilidade Reduzida. Deficientes físicos e visuais reclamam da dificuldade em se locomover na cidade por conta da falta de estrutura. O código ainda precisa ser aprovado pelo Prefeito, mas não há previsão para que isso seja feito.

No documento estão previstas regras para facilitar o acesso às calçadas, comércios, pontos de ônibus e áreas de lazer, por exemplo. Contudo, para o professor do departamento de engenharia de transportes da Universidade de São Paulo (USP), José Leomar Fernandes, o código tem falhas. “Ele estabelece que os direitos das pessoas com dificuldades, e mesmo as que não têm, sejam respeitados, mas ele não é especifico na medida em que não traz as condições quantitativas com inclinação de rampas, alturas mínimas ou máximas de calçadas dependendo da condição”, explicou.

O cadeirante Nilson Garcez é presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. Ele enfrenta várias dificuldades para se locomover pela cidade devido à falta de rampas, obstáculos e desníveis nas ruas e calçadas. “Não tem condições de um cadeirante sair sozinho na rua. Infelizmente ele depende de outra pessoa para ajudar na locomoção”, reclamou.

Em São Carlos, mais de 2,5 mil pessoas com mobilidade reduzida usam o transporte público. No entanto, dos 144 ônibus, apenas 22 são adaptados. O aposentado Sivaldo da Silva Rodrigues só tem 10% da visão e quando precisa usar o serviço sempre enfrenta problemas.Ele conta que como não enxerga o letreiro que indica para onde o ônibus está indo, tem que parar todos os veículos e depender da boa vontade do motorista em responder qual o destino. “Alguns respondem aonde vão e outros não, só balançam a cabeça, mas eu não vejo nada”, disse.

Rodrigues ainda reclama da interrupção do Bus Alert, um aplicativo de celular que avisa o deficiente quando o ônibus dele se aproxima do ponto. “A gente programava os pontos em que o ônibus ia parar e o motorista tinha o sinal na frente do ônibus com o nosso nome. Então chegando perto do nosso ponto o motorista já sabia que ali tinha um Bus Alerta para pegar. Assim, ele abria a porta do ônibus e chamava pelo seu nome”, contou.

Os deficientes na cidade ainda têm esperanças de viver com mais independência. Entretanto, para Garcez, o código municipal só vai funcionar se quem precisa dele ajudar. “As entidades e as pessoas com deficiência deverão ajudar a fiscalizar as novas obras que serão feitas, as novas calçadas e exigir que esse código seja aplicado”, falou.

Transporte

Sobre a suspensão do Bus Alert, a Athenas, responsável pelo transporte público, informou que houve divergências entre a empresa de monitoramento e a que criou o aplicativo. A empresa também informou que trabalha para que o sistema esteja disponível em breve.
A Athenas afirma que, além dos 22 ônibus adaptados, quatro microônibus e uma van fazem o atendimento porta a porta, mas o serviço precisa ser agendado.

Fonte: g1.globo.com

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