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Anac notifica Azul e Viracopos por desembarque de cadeirante

Empresas terão cinco dias para explicar o que gerou demora. Passageira esperou mais de uma hora dentro do avião.

passageira

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) notificou nesta quarta-feira (7) a Azul Linhas Aéreas e o Aeroporto de Viracopos pela demora no desembarque de uma cadeirante em Campinas (SP). As empresas terão cinco dias para explicar o que gerou o atraso e obrigou a passageira esperar mais de uma hora dentro do avião. Caso o órgão entenda que houve erro de alguma das partes, poderá multar o infrator em até R$ 25 mil.

A Azul afirmou que apesar de ter os aparelhos, a responsabilidade é do aeroporto em fornecer e operar os equipamentos. Em relação à notificação, disse que ainda não recebeu e por isso não vai se manifestar.

Já a concessionária Aeroportos Brasil, que administra Viracopos, informou que apesar de ter o aparelho, não foi acionada em momento algum pela Azul e que vai prestar os esclarecimentos necessários a Anac.

Espera dentro da aeronave

A cantora Nilia Ramos e o marido Tiago Souza voltavam de uma viagem ao Rio de Janeiro na segunda-feira (5). No entanto, a passageira precisou aguardar a chegada de um equipamento para retirá-la da aeronave por mais de 1h. Na terça-feira (6), o casal foi até a polícia para registrar um boletim de ocorrência contra a empresa.

Enquanto a passageira aguardava o equipamento, o marido fez questão de registrar o tempo de espera. No vídeo é possível ver que todos há haviam descido e ela continuava esperando. Até a limpeza já estava sendo feita na aeronave. As imagens mostram também que a comissária de bordo ligou várias vezes para a central da companhia aérea, junto com o comandante que esperava ao lado.

Durante o tempo de espera, a cadeirante afirma que não conseguiu usar o banheiro, porque ele não era adaptado. “A moça falou para mim que eu não tinha como ir ao banheiro, porque lá não tem como deficiente entrar”, conta Nilia.

A cantora e o marido viajam pelo menos três vezes por mês de avião, e disseram que sempre avisam a companhia aérea com antecedência e que dessa vez não foi diferente. “A empresa já sabe que se trata de uma deficiente, até porque nós fomos pela mesma empresa e estávamos retornando. A obrigação é da empresa solicitar o equipamento”, destaca Souza.

Caso de polícia

Indignados com a situação, eles registraram boletim de ocorrência e afirmam que vão processar a empresa. “Eu vou fazer o que for, não para ganhar dinheiro, o meu objetivo é fazer com que eles mudem. Enquanto ninguém tomar uma atitude, eles não vão mudar”, destaca a cadeirante.

 

Fonte: G1

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