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Jovem com Down passa em vestibular e sonha abrir restaurante

sindrome-de-down-superaçãoCom 19 anos, Tatiane Rotelli mora na zona rural de Andradas (MG) e tem as características típicas da juventude: é geniosa, cheia de manias e sonhos. Mas diferente da maioria, a jovem tem Síndrome de Down e enfrenta algumas limitações impostas pelo distúrbio, só que nenhuma delas foi capaz de impedir que Tatiane realizasse um de seus objetivos na vida. A jovem acaba de passar no vestibular para gastronomia e a partir do ano que vem, vai poder realizar o sonho de se tornar chef de cozinha. “Vou abrir restaurante sim, com buffet”, promete a jovem ansiosa pelas possibilidades da profissão.

Segundo a mãe, Jacqueline Rotelli, a jovem leva o maior jeito na cozinha e desde cedo, ajuda ela, que é confeiteira, fazendo bombons para festas de aniversário e casamento. Além de companheiras na cozinha, Jacqueline também dividirá a sala de aula com a filha, já que as duas foram aprovadas em uma universidade de Espírito Santo do Pinhal (SP).

“Eu estou apavorada”, comenta a mãe. “Mas como eu já fui professora dela há quatro anos, e ela conseguiu distinguir a mãe da professora, a gente já conversou muito que ela não vai poder mais me ver como mãe na sala de aula, eu vou ser aluna como ela.” Apesar dos temores pela nova fase, a expectativa da mãe é grande. “Vai ser uma bagunça boa, desorganizada, mas boa. A gente vai fazer muitos amigos, tem muita gente, eu quero aprender muito, quero ver o que ela vai aprender e o que ela tem para mostrar também, porque ela tem muita coisa para mostrar.”

A notícia do resultado do vestibular foi recebida com muita felicidade por todos que viram a vontade de Tatiane de correr atrás de seu sonho. “Ela sempre estudou bastante, sempre teve o sonho de fazer a faculdade e ela correu atrás dos objetivos dela e conseguiu”, conta a amiga Janaína Nogueira.
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Já a irmã não conseguiu conter a emoção ao receber a notícia. “Quando a minha mãe me avisou, eu estava na faculdade, eu tive que sair da sala de aula para atender o telefone e eu comecei a chorar, porque foi [como se fosse] comigo, quando eu entrei [na faculdade], eu senti por ela”, lembra Juliana Rotelli.

A irmã sempre foi uma das pessoas que mais incentivou Tatiane a estudar e espera que ela consiga realizar muito mais, já que não vê como limitação a condição da irmã. “Eu acho que por mais que a pessoa tenha uma deficiência, qualquer tipo, seja cognitivo, intelectual, até mesmo de paralisia, eu acho que não tem nada a ver, tem que estudar mesmo e tem que ter um futuro”, completa.

Tatiane não vê a hora de ir pra faculdade. “Ansiosa eu não estou, mas [não vejo a hora] de acabar o ano e entrar logo [na faculdade]”, conta. A felicidade toma conta do olhar da jovem, cheio de expectativas pelo futuro.

Fonte: G1

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