SuperBanner

Site Pessoas com Deficiência (PCD)

Lei, Inclusão, Isenção e Vagas

Com deficiência visual, professor ensina música em escola no ES

cego-deficiente-visual-musica

O professor João Machado de Almeida pode não enxergar, mas sua sensibilidade musical impressiona os alunos. Ele é deficiente visual e dá aulas de violão na Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames), localizada em Vitória, um exemplo de que a deficiência não interfere na transmissão de seus conhecimentos. João, que perdeu a visão quando era criança, formou-se em Música pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) há cinco anos e há quatro dá aulas na Fames.

“Não existem barreiras, consigo tocar músicas sem enxergar. É questão de audição, estou em um território confortável para mim, o território do som. É ótimo viver cercado por talentos e pelo som de vários instrumentos musicais”, disse o professor.

João contou que o interesse pela área musical começou cedo. “Quando eu era criança, estudei um pouco de violino e na adolescência o violão, mas não levei os estudos a frente, na época. Aos 18 anos, procurava algo para passar o tempo, foi quando me reaproximei da música e não larguei mais. Tem sido uma bela companhia para mim”, falou.

Os alunos de João confessaram que se surpreenderam quando chegaram para a primeira aula e perceberam que o professor não enxergava. “Pra mim foi uma surpresa, mas foi bom e está sendo até hoje”, relatou a aluna Nethye Cesar.

A capacidade do professor também surpreendeu. “Ele ensina tudo direitinho para a gente, é uma experiência muito legal”, disse o aluno Gabriel Oliveira.
O professor contou que os estudantes ficam admirados quando são corrigidos por ele. “O aluno fica pasmo quando erra alguma coisa e eu sei dizer aonde ele errou”, disse João, orgulhoso.

60 anos da Fames

A Fames completou 60 anos no dia 23 de maio. Para o professor, é muito bom poder participar da história da faculdade. “A Fames é a minha segunda casa, estou aqui há 15 anos, comecei como aluno. Praticamente metade da minha vida, vivi aqui dentro. Conviver, ao longo desse tempo, com pessoas que eram professores e agora são colegas, é muito bacana”, finalizou João

Fonte: G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

dois × cinco =