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Mãe divide as surpresas e alegrias de ter um bebê com Síndrome de Down

 

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Quando engravidou, a designer e ilustradora Carol Rivello queria ter um parto natural, na água e sem analgesia. Mas foi depois de uma cesárea de emergência que conheceu os olhinhos puxados e as bochechas gordinhas da pequena Alice.

Um dia depois de dar à luz e enquanto se derretia pela primeira filha, Carol recebeu da pediatra a notícia de que a bebê apresentava fortes sinais de síndrome de Down. Levou um susto.

— Eu me sentia dentro de um carro andando sem rumo, com um GPS berrando: Recalculando… Recalculando…

Diante de uma nova e desconhecida vida para a qual acreditava não ter se preparado, Carol precisou aprender e se adaptar. A jornada, ela decidiu compartilhar no blog Nossa Vida com Alice. Lá ela conta a rotina com a filha e mostra a outros pais que ter um bebê com síndrome de Down não é difícil, tampouco um drama familiar. Requer, sim, alguns cuidados especiais, mas as alegrias compensam a atarefada rotina dos pais.

— Receber a notícia da síndrome de Down após o nascimento possui alguns pontos positivos, mas com certeza também traz uma sensação de despreparo enorme. Mas pensando bem, acredito que para certas etapas na vida nós só nos preparamos quando chegamos nelas. O mesmo acontece com ter um filho: por mais que você se prepare na gravidez, somente após a chegada dele você se capacita de fato para aquele desafio.

E para encarar o papel da maternidade, não houve livro ou especialista que ajudasse mais do que a família.

— Talvez o que tenha me preparado para entender o que estava acontecendo foi a educação que recebi da minha família, que me ensinou a enfrentar de frente o que a vida nos traz, tentando sempre ver o lado positivo do que nos acontece.

Recentemente, Alice fez sua estreia na escolinha, com um ano e meio. A adaptação também foi narrada no blog, e Carol preferiu colocar a filha em uma escola regular e que promova a inclusão.

— Você pode perceber se seu filho está sendo bem acolhido na escola se ele participa das atividades junto com os colegas, acompanha o curriculum, se o conteúdo e a estrutura são acessíveis, entre outros sinais positivos.

Embora a intenção da mãe ao criar o Nossa Vida com Alice seja ajudar outros pais, o blog também faz bem a Carol.

— Recebo tantos emails de pessoas dizendo que o blog NVCA as ajuda, mas a realidade é que eu também me beneficio muito com o site. Muitos posts que eu escrevo servem como um desabafo, e isto me ajudou muito, principalmente no início. E com o blog eu fiz muitos contatos e amizades, e isso também com certeza ajuda na minha jornada.

Aos pais que acabaram de receber a notícia da síndrome de Down, ela tem as palavras tranquilizadoras que gostaria de ter ouvido há um ano e meio.

— Tenho pensado em escrever um post dizendo: “Calma, as coisas vão se acalmar. Todo esse nervosismo, ansiedade e medo que você está sentindo agora dará lugar a alegrias e muito amor.”

Fonte: R7

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