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Casal com deficiência intelectual vira ‘xodó’ de amigos e professores

Um casal em Santos, no litoral de São Paulo, virou exemplo para alguns amigos e parentes que, por um conceito equivocado, achavam que eles nunca poderiam se relacionar. Jeferson de Oliveira, que tem síndrome de down, e Rosângela Leal, que tem deficiência intelectual desconhecida, se conheceram durante uma partida de basquete e deram início a uma linda história de amor.

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Jeferson, de 22 anos, mora em São Vicente, no bairro do Catiapoã, e vai às aulas com a sua avó, Suzete Oliveira. De ônibus e sem trânsito, eles demoram cerca de 1h30 para chegar até o local, o Centro Esportivo Rebouças, que fica no bairro da Aparecida. Já Rosângela, de 39 anos, por conta do seu grau de deficiência intelectual menor, já pode pegar um ônibus no ponto próximo a sua casa, que fica em Santos, sozinha.

Rosângela se diz apaixonada por “Jé”, apelido carinhoso dado por ela ao namorado. “Eu amo o Jeferson. Eu conheci ele aqui na aula faz bastante tempo, mais de cinco anos. Depois de muita conversa começamos a namorar. Ele é um bom menino, educado e muito bonito”, afirma a namorada.

A avó de Jeferson diz que o neto é namorador. “Na escola, ele diz que tem outra namorada. Até fico preocupada, mas sei que ele gosta mesmo é da Rosângela. Digo pra ele que duas não pode, tem que escolher uma se não fica sem nenhuma. Aí ele diz que gosta mais da Rosângela”, brinca.

Jeferson é bastante tímido e extremamente ciumento. “Eu amo muito a Rosangela. Ela é a minha namorada preferida. Não gosto de ver ela com outros, nem de mão dada”, conta.

A Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Esportes, realiza um trabalho especial para pessoas com deficiência intelectual, de diversos tipos. Segundo a professora Maria Luisa Garcia de Oliveira, existem três “níveis” para se trabalhar. “Existe aquele grupo com mais dificuldade intelectual e motora, um segundo grupo que é um pouco mais avançado e o grupo com aqueles que têm uma boa noção e uma coordenação motora, na medida do possível, apurada”, afirma. Segundo ela, Rosangela está no primeiro nível e Jeferson no terceiro.

Segundo a professora, o trabalho é recompensador. “Trabalho há 15 anos com deficientes e não troco por nada. Trabalho com cerca de 50 pessoas, com idades variadas, e todas são especiais. Eles praticam o esporte por puro lazer. Até em competições, que eles passam o ano inteiro esperando, eles querem apenas jogar, não se preocupam com o resultado”, explica.
Maria Luisa conta que Jeferson faz parte de um trio “parada dura” nas aulas. “O Jeferson tem dois amigos inseparáveis: Daniel e Anderson. Eles não param durante as aulas. Viraram amigos até fora daqui. As mães levam eles para passear e tudo mais”, completa.

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Fonte: G1

One thought on “Casal com deficiência intelectual vira ‘xodó’ de amigos e professores

  1. È isso que as pessoas devem fazer, deixar o preconceito de lado e ter a noçao de que antes dapessoa ter uma limitaçao ela tem sentimentos como quaquer ser humano, vamos excluir a deficiencia e dar valor a eficiencia.
    Meu nome é Roni sou deficiente intelectual, sou proficional da APAE DE SAO PAULO, auxiliar de advocacy e autodefensor da deficiencia intelectual.

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