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Estudantes de eletrônica do Sul criam protótipo de bengala para cegos

bengala-eletronica

Estudantes de um curso de eletrônica de Criciúma, no Sul catarinense, desenvolveram um protótipo de bengala eletrônica para uma feira de tecnologia da escola com a intenção de auxiliar deficientes visuais. O objeto funciona com um sensor que captura informações do ambiente e manda sinais para um circuito que faz o cabo vibrar. Os alunos querem patentear a ideia, como mostrou reportagem do Jornal do Almoço.

A bengala eletrônica ainda é um protótipo, um tubo de PVC improvisado. Marciel Donadel, de 16 anos, que teve a ideia de montar o aparelho, explicou que o sensor funciona em um raio de dois a três metros. O equipamento capta as informações e as envia para um circuito, localizado no meio da bengala. “Dali faz um processo de programação, que manda um tanto de pulso para a parte superior, onde tem um motorzinho”, continuou. “Vibra de acordo com a aproximação do objeto”, finalizou.

Tudo começou com um desafio proposto por um professor no começo do ano. Os estudantes tinham que desenvolver um projeto para uma feira de tecnologia da escola. “Partindo de um brainstorm dos projetos, a gente analisou os melhores para serem efetuados. Então esse foi um que a gente analisou, viu que daria para fazer e acabou concluindo com sucesso”, explicou o professor Cleber Izidoro.

O estudante Marciel Donadel tem uma avó deficiente visual e, pensando em facilitar a vida de quem não enxerga, resolveu aplicar os conhecimentos do curso. “Eu achei uma bengala da qual já estavam fazendo protótipo fora do Brasil, só que o preço dela era muito elevado. Eu trouxe a ideia para o professor, ele aprovou e gostou da ideia e depois a gente começou com um grupo a desenvolver o projeto”, contou o aluno.

Toda a execução foi em equipe. O grupo de sete estudantes levou meses para chegar até o resultado final. “Foi difícil porque engloba todas as matérias do curso. Então a gente teve que trabalhar bastante em cima e fazer muitos testes para ver se chegava naquilo que a gente queria”, afirmou o estudante Cauã Taraskevicius Abril.

Deficiente visual há 14 anos, o aposentado Laélio Inácio testou a invenção. “A ideia é fantástica porque a ferramenta mais importante de um cego realmente é a bengala. E tudo o que vier a ajudar na locomoção das pessoas com deficiência visual é bem-vindo”, elogiou.

A intenção é aperfeiçoar a bengala eletrônica. Marciel Donadel contou que “agora a gente está tentando fazer a patente da bengala, que é a ideia, não exatamente patentear o protótipo”.

Fonte: G1

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