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Faltam veículos adaptados para cadeirantes em tratamento

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As mães, como Cecília, contam com a ajuda do motorista Eduardo

Uma vez por semana Maria Miguel e a filha Patrícia saem de casa, na Vila Nambi, para ir até a Associação Terapêutica Amarati, onde a moça de 23 anos faz tratamento. O trajeto tem pouco mais de quatro quilômetros. É rápido, mas não é fácil. O veículo da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Semads), que faz o transporte delas, não é adaptado para as necessidades de Patrícia – que tem paralisia cerebral e depende de uma cadeira de rodas. Como não há espaço para colocá-la no veículo com a cadeira, a moça vai praticamente solta dentro da Kombi e a mãe precisa segurá-la durante todo o trajeto.

Patrícia não é a única que passa por esse problema. Praticamente todos os atendidos sofrem pela falta de adaptação do veículo. E, o problema não tem data para ser resolvido, já que a secretária da Semads, Marilena Negro, afirma que a pasta não tem condições de promover sozinha mudanças na estrutura do transporte oferecido hoje. “Não tenho verba para ampliar a frota de Kombis, nem para a compra de veículos adaptados”, garante.

Marilena pretende dividir a responsabilidade e as despesas desse transporte com outras pastas. “Acredito que essa questão do transporte deve ser uma ação do governo que envolva saúde, educação e transportes”, analisa. Segundo a secretária, já há estudos para viabilizar mudanças nesse sentido.

O coordenador da Coordenadoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Reinaldo Fernandes, diz estar em negociações com a atual administração municipal para sanar o problema. “Estamos estudando um plano emergencial. Pensamos até em alugar veículos adaptados”, afirma. “A médio prazo pretendemos implantar um sistema de transporte com hora marcada para atender pessoas com deficiência mais severa.”

Preocupação – Segundo Maria Miguel, o problema maior é colocar e tirar Patrícia do veículo. “Eu não posso com ela, que é grande e pesada. Meu marido trabalha à noite e se sacrifica para me ajudar. Conto também com o motorista, que é muito bom e ajuda a carregá-la.”

Diversas crianças e jovens atendidos pela Amarati e por outras instituições de Jundiaí sofrem com a questão do transporte, já que nenhuma das sete peruas da Semads são adaptadas. São Kombis comuns, com oito lugares. As cadeiras de rodas são colocadas no porta-malas, mães e pacientes se acomodam como podem nas poltronas. Esse problema não é recente.

O Jornal de Jundiaí Regional já noticiou a falta de transporte adaptado em outras situações, mas até agora nada mudou. Os pacientes, que na maioria das vezes não têm equilíbrio no tronco, ficam presos apenas ao cinto abdominal. “A gente dirige com a maior preocupação e tenta evitar solavancos”, conta o motorista Eduardo Brossi.

Cecília de Matos Ramos, mãe de um paciente de 13 anos, também fica preocupada. “Meu filho não tem equilíbrio nenhum e não poderia ficar solto. Por isso, preciso segurá-lo”, frisa.

“Nas curvas eu seguro meu filho pelas costas para evitar uma queda”, conta Francisca Moraes, mãe de um menino de 12 anos, portador de distrofia muscular. Francisca carrega o filho nos braços para colocá-lo da forma mais confortável possível na Kombi. “Por enquanto ele é pequeno e dou conta. Mas não sei como vai ser quando ele crescer um pouco mais.”

Para o motorista César de Melo, que diariamente faz o transporte de pacientes de três instituições, nem sempre é fácil carregar os pacientes. “Às vezes precisamos pegar o paciente em duas ou três pessoas para conseguir colocar dentro da perua”, explica. Todos são unânimes em afirmar que o ideal seria locomover os pacientes em veículos adaptados, com elevador para cadeira de rodas.

 

Fonte: Seu Planeta

One thought on “Faltam veículos adaptados para cadeirantes em tratamento

  1. Olá, meu nome é Adriana e tenho um multi lift Cavenaghi com a base para carro para vender, foi usado menos que um ano, esta em excelentes condições.
    Se alguém se interessar e tiver alguma dúvida entre em contato comigo.
    [email protected]

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