SuperBanner

Site Pessoas com Deficiência (PCD)

Lei, Inclusão, Isenção e Vagas

Implante de célula-tronco melhora vida de pacientes com lesões na coluna

Reportagem da série especial sobre pesquisas com células-tronco mostra experiências brasileiras no tratamento de fraturas e de lesões na coluna.

O que une estas pessoas? “O que a gente deseja é andar”, diz uma cadeirante.
Dirigir já é uma conquista para Rejane e para o major da Polícia Militar, Mauricio Ribeiro.

O médico Thadeu Carlos Mozella voltou a caminhar sem sentir dores. “Com dois, três meses, larguei a muleta, subia escada, me sentava normalmente”, lembra.

A vida deles melhorou depois que receberam implantes de células-tronco adultas em partes do corpo lesadas por acidentes. Thadeu bateu com o carro há três anos e fraturou o fêmur. Oito meses depois, ainda não estava curado. Por isso, entrou para um grupo de 20 voluntários em uma pesquisa do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia.

Os cientistas querem entender como as células-tronco agem para regenerar ossos. Um dos objetivos é desenvolver terapias para tratar fraturas não consolidadas nos chamados ossos longos, tíbia e fêmur, nas pernas, e na parte superior do braço, o úmero.

O doutor João Matheus Guimarães explica que a fratura de Thadeu não colou com o tratamento convencional. A opção foi retirar células-tronco da medula e injetá-las na área lesada para estimular a formação do calo ósseo, que é o início do processo de calcificação de uma fratura. O resultado da experiência aparece nas radiografias, no antes e no depois.

“Vê-se nitidamente a falta do calo ósseo nessa região. Isso gerava dor, incapacidade. Por isso nós utilizamos a técnica de infiltração de células-tronco do próprio paciente. A gente tem aqui a evolução satisfatória do caso. Depois de três meses, a formação do calo”, mostra o médico.

Os estudos para devolver os movimentos do corpo avançam também em outras regiões do país. Um centro em Salvador desenvolve pesquisas que não prometem a cura, mas os resultados de um primeiro teste já mostram que é possível melhorar a condição de vida de pacientes sem mobilidade.

“Não nasci na cadeira de rodas. Me acidentei e estou na cadeira de rodas, e busco uma melhora”, afirma Mauricio.

Em 2011, Mauricio passou por um transplante de células-tronco como voluntário. Quando acontece um trauma grave na coluna, os impulsos enviados pelo cérebro não conseguem chegar aos músculos, e o movimento do corpo fica comprometido. A injeção das células-tronco, extraídas da medula óssea do paciente, pretende devolver os movimentos.

“Nada de cintura para baixo. Nada. Hoje sinto tudo, até os pés. Identifico calor, identifico frio. É ganho”, comemora Mauricio.

Outros pacientes também tiveram ganhos com o teste. Rejane voltou a ter sensibilidade nas costas antes mesmo de receber alta. É um progresso a cada dia.

“Célula-tronco é uma terapia que está se iniciando, mas a gente ainda está buscando qual a melhor célula, quantas vezes essa célula tem que ser injetada no paciente, e durante quanto tempo ela vai ter efeito”, ressalta Ricardo Ribeiro dos Santos, coordenador da pesquisa.

O início de um longo percurso que já mostra resultados. Mauricio consegue caminhar com a ajuda de um andador, mas só durante a fisioterapia.

“Mesmo que eu não saia da cadeira, o pontapé inicial foi dado”, reflete. “Daqui para frente vai ter evolução.”

Fonte: G1

One thought on “Implante de célula-tronco melhora vida de pacientes com lesões na coluna

  1. bom dia, gostaria de saber se neste ano (2016) vai ter teste em pacientes paraplégico, pois tenho um primo que esta interessado em participar, como voluntário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

dez − 1 =