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Senado garante apoio à inserção social de pessoas com Síndrome de Down

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Cursar faculdade, trabalhar, praticar esportes e manifestar suas impressões do mundo por meio da arte. Essas são algumas atividades de que todas as pessoas, inclusive as portadoras de Síndrome de Down, são capazes. Dar visibilidade à luta pela inserção social das pessoas com deficiência foi a tônica da sessão especial promovida pelo Senado para marcar o Dia Internacional da Síndrome de Down, que é comemorado no dia 21 de março.

A sessão desta quinta-feira (20) foi aberta com a execução do Hino Nacional e contou uma apresentação do Coral do Senado, que interpretou as canções Amor I Love You, de Marisa Monte e Carlinhos Brown; e Fica mais um pouco amor, de Adoniran Barbosa.
— Antes estigmatizada, felizmente, hoje, verificamos que a síndrome pode e deve ser encarada como uma particularidade na vida das pessoas, fato esse que não as impede de estudar, trabalhar, fazer arte e ter, enfim, uma rotina produtiva, uma rotina saudável – assinalou o presidente do Senado Renan Calheiros.

O presidente garantiu apoio total a projetos voltados para melhorar as condições de vidas das pessoas com deficiência. Ele citou, por exemplo, o PLS 110/12 da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) que permite a dedução, em dobro, da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física, de encargo por dependente com Síndrome de Down.

Superação

A solenidade foi acompanhada por parlamentares e representantes do Movimento Down e de outras entidades ligadas ao tema. Também estiveram presentes os três protagonistas do filme Colegas, de Marcelo Galvão: Ariel Goldenberg (Stallone), Rita Pokk (Aninha) e Breno Viola (Márcio); além do próprio diretor da obra e outros profissionais da produção. Eles descreveram a experiência vivida nas gravações do longa-metragem e comentaram a repercussão do filme, que mostra três jovens amigos com síndrome de Down, apaixonados por cinema, que resolvem fugir do instituto no qual viviam em busca de sonhos.

— Nós queremos mostrar para a sociedade que nós somos capazes. Eu participei do filme porque ele mostra que temos capacidade de fazer tudo na vida – disse Breno Viola, que é Down.
Pai de Beatriz, de três anos, que tem Síndrome de Down, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que os atores do filme são um exemplo de superação e demonstram que as pessoas com esse tipo de deficiência podem ter autonomia e independência.
— Ao ver que o Breno Viola é capaz de fazer é um grande estímulo. Ele tem autonomia, construiu essa autonomia e é isso que queremos para os nossos filhos. Que eles possam ser estimulados para ter uma vida independente e autônoma – disse Lindbergh.

Lição

O deputado Romário (PSB-RJ) é pai de Ivy, de 9 anos, que também tem a trissomia no cromossomo 21. Essa alteração genética gera um cromossomo extra no DNA do indivíduo e afeta o desenvolvimento do individuo, determinando algumas características peculiares físicas e cognitivas. Mas, conforme observou o parlamentar, a Síndrome de Down não é uma deficiência mental severa e seu portador pode ter um desenvolvimento intelectual considerável em várias áreas do conhecimento. Romário afirmou que tem aprendido muito com a filha.
— A Ivy me fez ver muitas coisas que não conseguia ver que estavam na minha frente – disse o deputado.

Exposição

Após a sessão especial, foi aberta oficialmente a exposição Lucio, Arteiro, Artista, Lúcido Pintor, de Lucio Piantino, jovem artista brasiliense com Down. A exposição pode ser visitada no Salão Branco do Congresso, mais conhecido como Chapelaria, até amanhã.
Segundo o senador Wellington Dias (PT-PI), o preconceito em relação às pessoas com deficiência vem sendo superado. Ele afirmou que a palavra de ordem para garantir o pleno desenvolvimento de pessoas com Síndrome de Down e outros tipos de necessidades especiais é “oportunidade”.
— O que vimos aqui com a exposição do Lúcio, com todos os que atuam no cinema ou nas artes, com a sua presença, cada vez maior, nas universidades, no mundo do trabalho é que temos que ter o compromisso de abrir cada vez mais oportunidades. Acabar com o preconceito – afirmou Wellington.

Data

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) a partir de 2006, o Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado em 21 de março no Brasil e em mais 40 países.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 800 partos, nasce uma criança com Síndrome de Down. No Brasil, estima-se que essa alteração genética seja registrada em cerca de oito mil bebês por ano. Entretanto, ainda é grande a dificuldade de acesso a informações, profissionais e aparatos necessários para o pleno desenvolvimento das crianças nessa condição.

Síndrome

A denominação da síndrome vem do sobrenome do médico inglês John Langdon Down que, em 1866, fez as primeiras observações detalhadas sobre esse grupo de pessoas na sociedade. O que abriu espaço para estudo e tratamento.

A Síndrome de Down não é uma doença. É uma ocorrência genética natural que acontece por motivos desconhecidos, na gestação, durante a divisão das células do embrião. É uma alteração cromossômica, quando crianças nascem dotadas de três cromossomos (trissomia) 21, e não dois, como o habitual.

Fonte:Agência Senado

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