Aplicativos específicos podem ajudar pessoas com deficiência a viver melhor. Ao alcance da ponta dos dedos, a ferramenta proporciona mais autonomia e melhora a comunicação e aprendizagem. A locomoção de pessoas que dependem da cadeira de rodas, por exemplo, é facilitada por meio de aplicativos que apontam os locais que possuem acessibilidade e os que têm barreiras para cadeirantes.
O analista de RH Túlio Mendhes, de 28 anos, que é cadeirante, utiliza o aplicativo chamado Wheelmap. “Ele me auxilia encontrar lugares com acessibilidades já visitados por outras pessoas com deficiência. Nele é possível informar se o local tem acessibilidade para cadeirante ou quais problemas tem. Então, é uma troca de informações muito útil entre as pessoas que dependem da cadeira de rodas”, afirmou Mendhes.
Para evitar problemas e constrangimentos, o analista sempre consulta o aplicativo antes de sair de casa. “A minha maior preocupação quando meus amigos me convidam para ir a algum lugar é se eu vou conseguir andar lá sem depender de ninguém. Então, procuro primeiro no aplicativo se é um local com acessibilidade. Se não for, eu não vou”, disse.
Segundo a presidente do Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência (Compod), Marineia Crosara de Resende, esses avanços tecnológicos facilita muito a vida das pessoas com deficiência. “Ainda temos muito para avançar e melhorar em todos os sentidos. Desde calçadas que não têm rampas a restaurantes que não têm cardápios em braile. Os aplicativos específicos para pessoas com deficiência já é uma evolução e melhoria na vida de quem utiliza”, afirmou a presidente do Compod, que também utiliza o Guia de Rodas, que mapeia locais que possuem acessibilidade.
“É o Waze do cadeirante.Consigo saber se onde estou indo tem acessibilidade e também informar outras pessoas onde é ou não acessível para cadeirantes. É uma grande ajuda para quem depende de espaços adaptados”, disse Marineia de Resende.
Outros aplicativos
Num mundo cada vez mais digital, existem aplicativos voltados para pessoas com deficiência auditiva, intelectual, visual e física. O HandTalk, por exemplo, foi criado por brasileiros e venceu o WSA-Mobile, maior prêmio de tecnologias móveis do mundo, em 2013. O HandTalk é específico para quem tem deficiência auditiva e traduz textos e áudios para Libras.
Outro exemplo de aplicativo é o Call Announcer, destinado a pessoas com pouca visão e que ajuda a identificar quem está ligando e também lê mensagens de texto para o usuário. Já o Hércules e Jiló auxilia no aprendizado de pessoas com deficiência intelectual, e, por meio de jogos, ensina Ciências ao usuário.
Fonte: www.correiodeuberlandia.com.br