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Óculos desenvolvidos no RS servem como mouse para deficientes físicos

Projeto de estudantes de Pelotas viabiliza uso de computador sem as mãos.
Equipamento capta os movimentos da cabeça e o piscar de olhos.

acessibilidade-assistivaEstudantes universitários de Pelotas, no Sul do Rio Grande do Sul, desenvolveram um par de óculos que funciona como um mouse para ajudar portadores de deficiência física a usarem o computador. O iOM foi desenvolvido por alunos do Instituto Federal Sul-Riograndense (IFSul), e capta os movimentos da cabeça quando o usuário mexe a seta para acessar as páginas na internet. O piscar de olhos é o comando do clique.

“Basicamente há um emissor de infravermelho que serve pra detectar o piscar de olhos. E dentro de uma pequena caixa, a gente tem um sensor de movimento da cabeça. Essa informação é transmitida por um fio até o controlador que interpreta esse sinal”, observa o estudante Cleber Luiz Quadros.

O professor Márcio Bender explica que os óculos são voltados para pessoas com alguma deficiência físico-motora que “por algum motivo não conseguem ou por um membro amputado, ou por impossibilidade de movimento do braço, consigam utilizar o computador”.

A ideia surgiu há três anos. Agora, com incentivo da instituição e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foi possível a produção dos protótipos. A novidade deve custar R$ 150. “Nosso objetivo é construir um projeto com o menor custo de fabricação possível. Geralmente as tecnologias assistidas são muito caras”, explica o professor Márcio Bender.

“Não é fazer nada de mais. Não é dar esmolas para esse tipo de pessoas, a gente só precisa dotar elas de capacidade para elas fazerem as suas plenas atividades, ir para a aula, trabalhar. E a gente acredita que com o iOM a gente vai conseguir incluir essas pessoas”, entende o professor Vinícius da Costa.

Os óculos estão sendo testados em uma menina de 13 anos, a Emily Falcão Borges, que nasceu com artrogripose, uma doença que faz os músculos da criança terem fibrose, fraqueza e é responsável por contraturas nas articulações. Normalmente, a menina precisa utilizar o computador deitada na cama e usa o queixo para mexer o mouse e acessar as páginas na internet. Depois da experiência, a Emily agora está bem mais à vontade.

“Ficou bem melhor. Eu gostei da experiência.” A mãe da menina, Maria da Graça Falcão, já vê os resultados. “Vai ser uma grande evolução porque enquanto ela digita, ela praticamente não presta atenção no que ela está escrevendo, porque ou ela olha as letras ou ela olha a tela e com os óculos ela vai olhar as duas coisas ao mesmo tempo.”

Fonte: G1

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