Peça custa R$ 5 mil; aparelhos que estão no mercado chegam a R$ 150 mil.
Pesquisadores já estão testando ‘mão eletrônica’ em paciente com síndrome.
Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) em Catalão, no sudeste do estado, estão desenvolvendo uma prótese 3D destinada a pessoas que tiveram a mão amputada ou nasceram com má formação. O grande atrativo da peça é o preço, que chega a ser até 30 vezes menor que os produtos similares encontrados no mercado. A ideia é oferecê-la a pessoas de baixa renda.
Os equipamentos são feitos em impressoras 3D. O material usado é chamado de polímero, uma espécie de polímero. Segundo o coordenador do projeto, Marcelo Stoppa, a ideia é colocar micromotores na palma da mão de forma que a prótese seja leve e fique confortável.
“A prótese eletrônica comercial custa em torno de R$ 150 mil. A gente consegue fazer no laboratório por menos de R$ 5 mil, já com motor e a parte eletrônica toda funcionando”, explica.
Um aplicativo de celular é usado para mover a mão eletrônica. Porém, outro modelo, que não é eletrônico, também foi criado e é indicado para crianças. Ela se mexe através da força do punho.
Teste
A primeira pessoa a testar a prótese vai ser uma estudante da própria UFG. Aluno de pós-graduação, Semebber da Silva Lino possui Síndrome de Moebius, distúrbio raro que compromete a expressão facial, gera dificuldades na fala e deficiência nos pés e mãos.
“Com a prótese, a gente vai ter melhores condições de fazer alguns tipos de movimentos, tipo jogar dama. Quem sabe pegar as peças de dama e brincar com as duas mãos, como qualquer pessoa que não tem deficiência física”, espera.
Participante do projeto, o aluno Lisias Carneiro Camargo está animado com o projeto, principalmente por ver a teoria virando realidade. “A empolgação é essa. Você ver em prática aquilo que só tinha na mente, até então só planejado. Aqui você coloca em prática”, diz.
Fonte: G1