Deficiente física reclama de falta de acessibilidade em shopping do Acre
Branca Gurgel diz que estabelecimento não disponibilizou cadeira de rodas.
Nenhuma queixa formal foi feita na administração, segundo o shopping.
Pela segunda vez, a deficiente física Branca Gurgel, de 55 anos, diz que tentou fazer compras no Via Verde Shopping, em Rio Branco, e não conseguiu. Segundo a funcionária pública, da primeira vez o estabelecimento disse que todas as cadeiras estavam ocupadas. Nesta quarta-feira (21), quando voltou local, foi informada de que as cadeiras estavam com defeito.
Ela disse que ficou indignada por não poder fazer suas compras no local. Branca conta que teve paralisia infantil quando tinha um ano e até hoje se sente prejudicada nos centros comerciais por conta da acessibilidade.
“Não tenho direito de ir em uma loja e fazer compras, me sinto prejudicada. Sempre tento falar com a administração, mas me negam isso”, reclama.
Segundo ela, nenhum estabelecimento de Rio Branco segue o artigo 12-A da lei nº 13.146. A lei prevê que ‘os centros comerciais e os estabelecimentos congêneres devem fornecer carros e cadeira de rodas, motorizados ou não, para o atendimento da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida’.
“Os estabelecimentos não se importam com o consumidor. Os supermercados grandes não têm uma cadeira de rodas elétrica para o consumidor fazer suas compras. À vezes tem uma cadeira quebrada que não dá para andarmos nela”, relatou.
Para Branca, é necessário que os centros comerciais lancem um outro olhar para os cadeirantes. “Queria que os estabelecimentos adquirissem instrumentos como carrinhos elétricos e cadeira de rodas para garantir o direito de ir e vir aos cadeirantes”, destacou.
Ao G1, o shopping informou que nenhum registro formal foi feito na administração por falta de cadeira de rodas. O estabelecimento destacou que atualmente três cadeiras ficam disponíveis e que uma delas estava no conserto, mas já está disponível.
O estabelecimento disse ainda, que no horário em que a cliente estava no local as cadeiras poderiam estar ocupadas, e, reiterou que qualquer reclamação, seja qual for o motivo, deve ser feita formalmente para que a ocorrência seja verificada.
Fonte: g1.globo.com