Esta segunda-feira (21) é o Dia Nacional de Luta das Pessoas Com Deficiência. E lá do outro lado do mundo, do Japão, vem um exemplo de como é possível levar uma vida independente e produtiva.
É uma porta pequena no centro de Tóquio. A movimentação na cozinha é a mesma de qualquer café. O trabalho nas mesas também. Mas quando os funcionários conversam, a gente percebe: todos são surdos. Os fornecedores tiveram que se adaptar. Um deles já chega preparado para fazer a entrega, com papel e caneta.
A língua oficial do lugar é a língua de sinais, mas quem não conhece, não passa aperto. Toda a parede é forrada por um painel, onde a gente pode escrever os pedidos. No caso mostrado na reportagem do Bom Dia Brasil, um cafezinho.
Quem serve o repórter Márcio Gomes é Masahiro, o proprietário, surdo de nascença.
Os dois conversam com a ajuda de quadrinhos.
O repórter perguntou a Masahiro por que ele resolveu abrir um café e contratar apenas pessoas surdas. Ele respondeu, muito diretamente, que é para que os surdos possam mostrar o seu valor, deixar bem claro o que eles podem oferecer à sociedade.
Segundo ele, o Japão tem leis para contratar deficientes, mas as empresas não se adaptam. As vagas são para serviços simples e o deficiente, muitas vezes, acaba desmotivado.
Um grupo de clientes veio dos Estados Unidos. Todos surdos, rodam o mundo juntos. Um deles, David, conhece experiências semelhantes na Califórnia e não tem dúvidas:
“Pessoas surdas podem fazer qualquer coisa!”, escreve David, em inglês.
No ano que vem um segundo café deve ser aberto, para continuar servindo eficiência.
Fonte: G1