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Pedestres questionam situação precária de calçadas em Divinópolis

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Na semana municipal criada para promover a inclusão de deficientes físicos na sociedade, o G1 flagrou alguns locais públicos de Divinópolis que dificultam o tráfego, principalmente, de quem precisa de muletas ou cadeiras de rodas. Algumas calçadas têm buracos que atrapalham a locomoção e colocam a saúde dos pedestres em risco. Todos os entrevistados criticaram a qualidade dos passeios e cobraram melhorias. Enquanto isso, a Prefeitura informou que investiu em acessibilidade e incentiva os pedestres a fazer denúncias de obras irregulares em calçadas.

Na Avenida 1º de Junho, uma das vias mais movimentadas da cidade, o cadeirante Ronaldo Cardoso dos Santos enfrenta um desafio constante: conseguir chegar seguro ao ponto de ônibus. “Muito difícil, porque o passeio está deteriorado, tanto o cimento quanto as subidas para as cadeiras. Por isso, preciso ter acompanhante, sendo que poderia vir sozinho se a condição fosse melhor”, comentou.

O vendedor ambulante João Martins trabalha na Rua Goiás e disse que a qualidade das calçadas é muito ruim. “Infelizmente, nossos passeios têm qualidade péssima. Estão cheios de buracos. Várias tampas de bueiros quebraram e outras foram mal colocadas. Acho que falta um órgão fiscalizador”, afirmou.

O vendedor relata que já viu vários acidentes devido às condições. “Já vi diversas pessoas caindo. Eu mesmo já amparei duas quedas. Se não fosse por mim, as pessoas teriam se machucado. Pessoas correm para embarcar nos coletivos e caem em bueiros abertos na calçada há muito tempo”, acrescentou.

Ainda segundo ele, a qualidade do serviço público responsável pela manutenção das calçadas é ruim. “O povo reclama, aí eles vêm e consertam de forma paliativa. Pouco tempo depois, o problema está lá de novo. Seria preciso contratar uma empresa de prestígio para fazer esse serviço e valorizar o dinheiro público”.

A comerciante Aparecida das Graças trabalha na Avenida Sete de Setembro e também classifica as calçadas da região central como “péssimas e cheias de buracos”. “Em muitos lugares falta o tipo adequado de piso. Para os cadeirantes é muito difícil. Eu mesma já me acidentei na Rua Goiás. Virei meu pé num buraco e caí”, relatou.

Ela acrescentou que mora no Bairro São Roque e que a situação das calçadas por lá é ainda pior. “Tem muito mato nas poucas calçadas. Em muitos casos, é melhor andar na rua. As autoridades responsáveis precisam olhar melhor”, concluiu.

Prefeitura e Câmara

A Prefeitura de Divinópolis informou, por meio de nota, que oferece dois canais de comunicação para que moradores possam denunciar irregularidades em obras. As reclamações podem ser feitas pelo site oficial ou pessoalmente, no setor de Protocolo. “Recebemos denúncias e notificamos os proprietários dos imóveis para executar reparos de calçadas. O proprietário tem 15 dias, se tratar de reconstrução de calçada. Se for construção, tem prazo de 60 dias”.

A Prefeitura também acrescentou que a atual gestão foi a que mais investiu em acessibilidade nos últimos seis anos. “Quatrocentas rampas foram construídas nas calçadas da área central para facilitar o acesso dos cadeirantes”.

Ainda segundo a Administração, as praças Benedito Valadares, do Santuário; Nelson Peregrini, no Bom Pastor; São Vicente, no Interlagos; Dulphe Pinto de Aguiar, no Porto Velho e a do Planalto foram adaptadas.

Outros espaços esportivos foram também adaptados como poliesportivo de Santo Antônio dos Campos, quadras poliesportivas de comunidades rurais como Djalma Dutra e Amadeu Lacerda e espaços especiais na revitalização do Parque Ecológico Prefeito Dr. Sebastião Gomes Guimarães (Parque da Ilha).

Ainda conforme a Prefeitura, todas as calçadas do Pró-transporte nos bairros terão 1.264 rampas. Dois grandes calçadões foram também construídos na Avenida Ayrton Sena e na Rua Pitangui. “Ressaltamos ainda que Divinópolis, ao fim de 2012, alcançou acessibilidade em 100% da frota de transporte coletivo”.

Perguntada sobre o que ainda é preciso melhorar, o Executivo afirmou que mantém parceria com entidades representantes de pessoas com deficiência para saber as necessidades e atender às normas de acessibilidade.

Sobre a afirmação feita pelo vendedor João Martins de que os vereadores deveriam cobrar a manutenção das calçadas à Prefeitura, a Câmara explicou que o dever do Legislativo é fiscalizar o Orçamento do Município. “A manutenção de locais que pertencem ao Município cabem ao Executivo e a outros órgãos de controle externo, como Ministério Público, cobrar a qualidade do serviço”.

Fonte: G1

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