Com foco na educação inclusiva, o Governo do Tocantins promove uma proposta pedagógica que assegura um conjunto de recursos e serviços educacionais aos estudantes que apresentam algum tipo de deficiência. A técnica da Gerência de Educação Especial da Secretaria da Educação, Paola Regina Martins, destaca o principal deles. “Nós temos as nossas ações que estão sendo desenvolvidas e uma delas é a implantação de salas de recurso, onde alunos com deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento [TGD] e altas habilidades ou superdotação recebem acompanhamentos nos contraturnos das suas aulas”, explicou.
A Gerência da Educação Especial da Seduc, além de coordenar as atividades desenvolvidas nas escolas estaduais, com a implantação de salas de recursos multifuncionais, também gera acompanhamento nas Associações de Pais e Mestres dos Excepcionais (Apaes) e nos Centros de Educação Especializada, entre outros projetos.
Salas de recurso multifuncionais
As salas de recursos multifuncionais contam com cerca de 30 itens, como equipamentos, mobiliários, materiais pedagógicos e de acessibilidade destinados a atender às especificidades educacionais dos estudantes. As salas de recursos multifuncionais apoiam o desenvolvimento do Atendimento Educacional Especializado, de forma complementar ou suplementar à escolarização dos estudantes.
Paola Martins ressalta que salas de recursos recebem alunos do ensino regular, que têm apoio para sanar suas dificuldades. “Não são trabalhados conteúdos didáticos, mas os professores são preparados a estarem trabalhando com cada uma das deficiências apresentadas pelos alunos”, disse.
Centros de Educação Especializada
Os alunos que possuem deficiências também são acolhidos através do Atendimento Educacional Especializado (AEE), por meio do Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) e Núcleo de Altas Habilidades e Superdotação (NAAHS/TO).
Paola aponta as principais atividades desenvolvidas por meio dos Centros de Educação Especializada. “No CAS, trabalhamos com a formação de professores, familiares e de alunos surdos no uso das duas línguas, que é a Libras e a Língua Portuguesa na modalidade escrita. No CAP, trabalhamos com as crianças cegas e surdo-cegas, com atividades voltadas para a área da deficiência visual, onde fazemos o trabalho de ensino do Braille e ensino do Soroban”, apontou.
Já os NAAHS disseminam conhecimento sobre altas habilidades e superdotação nos sistemas educacionais, nas comunidades escolares e nas famílias, de maneira a orientar e formar os professores que atuam nas salas de recursos multifuncionais na área da Educação Especial, como também na comunidade.
A estudante Vitória Gabriele Fernandes, de 15 anos, é deficiente visual. Atendida pelo CAP de Palmas há quatro anos, ela destaca os benefícios que conseguiu com o acompanhamento que recebe. “Aqui, eu desenvolvi a leitura e o aprendizado. Quando eu vim para cá, eu não sabia ler ainda. Toda semana eu venho duas vezes”, disse.
Apoio às Apaes
Por meio da gestão compartilhada, o Estado também apoia as atividades desenvolvidas nas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais, com o Atendimento Educacional Especializado. “O Estado disponibiliza os profissionais e os recursos que possibilitam a oferta do atendimento dos alunos especiais. Hoje, atendemos 31 Apaes conveniadas”, apontou a técnica da Seduc.
Escolas Indígenas
As salas de recursos multifuncionais também estão sendo expandidas para atender aos estudantes indígenas que possuem alguma deficiência. Atualmente, a Escola Indígena 19 de Abril, no município de Goiatins, já conta com uma sala de recurso multifuncionais e a expectativa é que novas escolas possam contar com o benefício. “Já estamos com um projeto para levar mais uma sala de recursos para uma aldeia no município de Tocantínia e, conforme forem surgindo as demandas, a nossa proposta é expandir cada vez mais o atendimento”, apontou.
Fonte: surgiu.com.br