Comitê dos Jogos Paralímpicos recruta atletas com deficiência para 2016
Dona de duas medalhas de bronze conquistados nos Jogos de Atenas e Pequim, a judoca Karla Cardoso é uma das 15 pessoas com deficiência contratadas para o Programa Atletas PCD, projeto da área de Recursos Humanos do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A iniciativa tem como principal objetivo buscar a inclusão e o desenvolvimento de pessoas com deficiência. Nele, os atletas terão a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho e planejar suas carreiras fora do esporte.
Decidida a encerrar sua vitoriosa carreira no tatame após os próximos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, Karla Cardoso enxergou no programa do Comitê Organizador do Rio 2016 uma oportunidade para o futuro longe do judô.
– Eu nunca tinha conseguido trabalhar antes porque a rotina de treino é muito puxada, mas agora surgiu esta oportunidade e não posso deixá-la passar. Continuarei treinando para representar bem o Brasil em 2016, mas tenho que pensar na minha aposentadoria como atleta – disse uma das 15 colaboradas contratadas na primeira etapa do programa, que oferecerá cargos diversos como designer, analista de sustentabilidade, planejamento de transportes e eventos, TI e outros.
Diretor de Recursos Humanos do Comitê Rio 2016, Henrique Gonzalez espera que o programa aproxime pessoas que vivem o cotidiano do esporte e de alguns deficientes para a organização dos Jogos.
– Estes atletas vão trazer suas experiências em diversas disciplinas esportivas, sejam elas Paralímpicas ou não, além de contribuírem com o legado do esporte no Brasil – explicou Henrique.
No entanto, nem todos os envolvidos são atletas profissionais. Aos 27 anos, o carioca Raphael Pinho também integrará o time de colaboradores. Além de fazer parte de um time de rugby em cadeira de rodas, ele também organiza competições que ajudam a promover a modalidade na cidade.
– Estou realizando um dos maiores sonhos da minha vida trabalhando na organização dos Jogos. Estar aqui dentro é uma realização profissional – conta o novo funcionário, que decidiu acumular as funções quando soube que poderia fazer parte da organização dos Jogo.
Fonte: Globo Esporte