“Fiz meu quarto, ajudo minha mãe, compro roupa, perfume”, conta Carlos em menção ao uso de seu salário. Mas ele não considera apenas o aspecto financeiro. Também se sente, conforme disse, satisfeito com sua atividade – Carlos, que tem deficiência intelectual leve, trabalha como auxiliar de caixa em uma das lojas da rede Comper. “É bom, eu gosto de trabalhar”, disse, sorrindo.
O prazer pelo trabalho resulta em um profissionalismo atestado pelos colegas e pela chefia. “O Carlos faz o serviço dele com excelência”, avalia a encarregada de frente de caixas, Sirlene da Silva Ferreira. “Muitos empresários ficam receosos e não contratam pessoas com deficiência”, observa, acrescentando, a partir da própria experiência, que ser deficiente não é sinônimo de ser incapaz. “Não é porque a pessoa tem deficiência que cobro menos dela. Eu busco tratar todos da equipe da mesma maneira. Para mim, todos são profissionais”, afirma.
Fonte: correiodoestado.com.br