As dificuldades enfrentadas por deficientes físicos são diárias, seja em supermercados, filas de banco, vias pedestres ou até mesmo nas escolas, locais onde muitas vezes a estrutura é inadequada. O último
Censo Demográfico 2010, pesquisa realizada por meio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), investigou os tipos existentes de deficiência (visual, auditiva, motora e mental/intelectual), obtendo o seguinte resultado: quase ¼ da população (23,9%) possui alguma limitação – o que significa cerca de 45,6 milhões de pessoas.
De acordo com o estudo, mulheres e idosos são maioria entre os portadores de deficiência. 26,5% são do sexo feminino (25,8 milhões), 21,2% homens (19,8 milhões) e 67,7% idosos com 65 anos ou mais. “Estes números evidenciam a necessidade de nos adequarmos ao universo deles, ou seja, promover a inclusão social a fim de oferecer, por exemplo, educação de qualidade a todos, sem exceção”, afirma a Secretária de Educação, Presidente da Undime-SP e Conselheira de Educação do Estado de São Paulo, Priscilla Bonini.
Para oferecer a devida estrutura aos estudantes, a Secretaria de Educação do Guarujá possui a Área de Deficiência Intelectual e a Área de Deficiência Auditiva, nas quais oferece todo auxílio necessário. “As limitações são muito diferentes, portanto, precisam de atenção, planos e ações paralelas”, ressalta a também Priscilla.
Além de ambas as áreas, a fim de promover a inclusão escolar no Guarujá foram realizados encontros com gestores para análise e reflexão dos princípios que norteiam o universo desses estudantes e instituída, posteriormente, a função Professor Cooperativo (especialistas na área de deficiência), subsidiando ações inclusivas em salas regulares que possuam alunos com alguma limitação.
Com a deficiência auditiva não foi diferente. Fundamentado na filosofia de inclusão, o Programa de Educação Bilíngue foi implementado em 2010 no Sistema de Ensino de Guarujá e incorporou a LIBRAS e a modalidade escrita da língua portuguesa como línguas de instrução do aluno com surdez em quatro unidades do Ensino Fundamental e também quatro unidades de Educação Infantil – estas localizadas em regiões estratégicas no município. “Cercamos todos estes alunos com uma estrutura de ponta para atendê-los. Oferecendo educação de qualidade, eles poderão alcançar cargos altos no mercado de trabalho”, destaca Priscilla.
Sala de Recursos Multifuncionais
Para atender os estudantes separadamente, com a devida atenção e comprometimento, existe a Sala de Recursos Multifuncionais, presente em escolas públicas do Guarujá. Nela é realizado o Atendimento Educacional Especializado (AEE), cuja finalidade é elaborar e organizar serviços de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas de cada aluno. “Possuímos diferentes necessidades. Todos nós. Pensando assim, devemos levar qualidade de vida aos deficientes. Maria Antonieta, a Prefeita, me dá carta branca para isso e sabe a importância do ensino para todos no país”, conclui a Secretária de Educação, Priscilla Bonini.
Fonte: jornaldiadia.com.br