O projeto aprovado pela Câmara prevê que a pensão será no valor máximo pago atualmente pelo Regime Geral de Previdência Social, de R$ 4.390,24. O benefício não poderá ser transmitido aos herdeiros da atleta. O texto agora segue para votação no Senado antes de ser submetido à sanção presidencial.
Na justificativa do projeto, os autores da proposta, os deputados Rubens Bueno (PP-PR) e Mara Gabrilli (PSDB-SP), alegaram que Lais é de uma família humilde de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Em março, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) iniciou uma campanha de doações para custear os cuidados médicos e de fisioterapia necessários à atleta. O seguro usado pelo comitê cobre o atendimento de emergência e o transporte entre hospitais, mas não prevê pagamento mensal para a continuidade do tratamento.
Antes de se dedicar ao esqui, Lais Souza representou o Brasil em duas Olimpíadas. Em 2005, conquistou uma medalha de ouro no salto, na Copa do Mundo de Cottbus, na Alemanha. O convite para começar a praticar esportes de inverno foi feito em 2013 pela Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN).
Na modalidade esqui livre, Lais representaria o Brasil neste ano nas Olimpíadas de Inverno da Rússia. O acidente que interrompeu a trajetória da atleta ocorreu enquanto ela esquiava numa pista cercada de árvores, nos Estados Unidos.
Ela sofreu um choque na cabeça, provavelmente contra uma árvore, e teve um deslocamento entre a terceira e a quarta vértebras, esmagando a medula. Com a lesão, perdeu a sensibilidade e os movimentos do pescoço para baixo.
Fonte: G1