Rudi havia largado o emprego para ficar mais perto da família e um mês depois a Anna Laura morreu em um acidente. O casal já tinha uma viagem programada para Israel e decidiu manter após o ocorrido. Eles visitaram um parque para crianças deficientes e tiveram a ideia de homenagear Anna criando unidades no Brasil, segundo o pai.
— É uma dor muito forte que talvez nunca irá embora. Eu tenho que estar vivo para os meus outros filhos e necessito estar ocupado com esses projetos
O primeiro parque foi inaugurado na sede da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), no Parque da Mooca, em São Paulo. Rudi contou com parcerias para conseguir colocar o local em funcionamento, mas desembolsou R$ 120 mil na obra. Ele pretende abrir quatro parques por ano com recursos próprios, além da ajuda de parceiros
O casal tem mais dois filhos, Felipe e Arthur, que hoje tomam conta das horas do dia do casal. Cláudia Petlik é psicóloga e atua com o grupo de mães que também perderam os filhos. Além dos parques e da ONG, Rudi pretende escrever um livro sobre a sua história.
Rudi conta que ainda se pega chorando ao lembrar da filha e que a homenagem feita à ela ajuda a aplacar a dor.
— Uma das coisas mais dolorosas foi cancelar a passagem de avião em nome dela por motivo de morte. Eu acredito que temos que fazer coisas boas para elevar a alma daqueles que perdemos
O parque da Alpapato pode ser utilizado para crianças que não sejam deficientes. A intenção é criar um vínculo entre os pequenos que queiram um momento de lazer.
Fonte: R7