Um Verão para ficar guardado na memória
“Poder sentir o mar por inteiro, a força da onda, dar um mergulho, ter o gosto da água salgada na boca… A sensação de prazer é inexplicável. Depois de tantos anos sem entrar no mar, é diferente quando a onda bate no corpo de novo”, descreveu o aposentado Sidney Brandão, de 62 anos, e que há 20 anos não tomava um banho de mar.
No fim de dezembro do ano passado, ele participou do lançamento do projeto Praia Acessível, do grupo voluntário Ação Mais, de Criciúma, em parceria com as prefeituras dos balneários Rincão e Arroio do Silva. Na manhã deste sábado, o deficiente físico esteve mais uma vez na orla do Rincão, dessa vez para o encerramento simbólico do projeto.
Assim como ele, a aposentada Maria Luiza Lessa, de 73 anos – 40 deles na cadeira de rodas e sem banho de mar -, também aproveitou a manhã ensolarada para dar mais um mergulho nas águas do Rincão. Ela é presidente da Associação Vida Ativa São José, de Criciúma, e, graças ao projeto, entrou dez vezes no mar nesse Verão usando as cadeiras “anfíbias”, isso no Rincão e Arroio, onde veraneia.
As cadeiras são adaptadas para o uso dentro da água por deficientes físicos e foram adquiridas pelo grupo Ação Mais. Agora, são propriedade das prefeituras dos dois balneários e estarão disponíveis também nas próximas temporadas de Verão.
“Estou muito feliz pelo resultado do projeto e da parceria, por isso vamos fazer algumas melhorias, principalmente em relação à acessibilidade e estrutura, para no próximo ano termos ainda mais participantes”, afirmou o prefeito do Rincão, Décio Góes. O presidente do grupo Ação Mais, Marcelo Raupp, também ficou satisfeito com o trabalho em equipe e o “pagamento” em forma de sorriso estampado no rosto das pessoas beneficiadas.
O projeto Praia Acessível segue até dia 9 de março, quando acaba a Operação Veraneio do Corpo de Bombeiros. No Balneário Rincão, as cadeiras anfíbias estão disponíveis no Posto 1 dos guardas-vidas, próximo da plataforma Norte. Inclusive, são os guarda-vidas que auxiliam todas as entradas no mar com as cadeiras adaptadas. Além do grupo Ação Mais e das duas prefeituras, o projeto também conta com o apoio do 4º Batalhão de Bombeiros Militar, Cruz Vermelha e Defesa Civil.
Fonte: Engeplus