Sem CNH, deficientes físicos têm dificuldades para trafegar em Santarém
Os deficientes físicos de Santarém, oeste do Pará, enfrentam dificuldades para trafegar nas ruas. Isso porque boa parte dos 15 portadores de necessidades especiais que possuem triciclo, não tem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), nem o documento do veículo. Eles reclamam que passam por constrangimentos, pois a fiscalização é aplicada da mesma forma.
“Queremos andar legalizados, com a Carteira Nacional de Habilitação, mas infelizmente os deficientes não têm recursos suficientes para tirar a sua carteira, e nem para regularizar o seu veículo, e a burocracia é muito grande. Quando a gente é barrado pela Polícia Rodoviária e Polícia Militar, eles cobram a habilitação e a legalização do veículo”, reclama a presidente da associação, Letícia Fernandes.
A principal reclamação dos deficientes físicos que utilizam triciclos é que Santarém não possui autoescolas especializadas para que eles possam tirar a carteira de motorista. Outra situação é a dificuldade para que o veículo possa ser legalizado e vistoriado pelo Departamento de Trânsito (Detran).
De acordo com o gerente regional do órgão, providências já estão sendo tomadas para que o órgão possa solucionar algumas dessas problemáticas. “O momento em que se fala tanto em acessibilidade, em atender as adversidades, a gente acaba vendo que ainda falta muito por fazer neste sentido. Estou pedindo que encaminhem um documento falando das dificuldades e das necessidades para que a gente possa, efetivamente, levar ao departamento jurídico para que, em um tempo mínimo, tenha uma resposta para dar para eles”, explica o gerente regional do Detran, Carlos Mota.
Os deficientes físicos têm os documentos cobrados de forma normal, quando estão dirigindo em via pública. “Ele é um cidadão comum, um cidadão normal. Não é o fato de ter a limitação que a fiscalização vai ser branda. Isso, por duas razões: a primeira pela própria segurança dele, e a segunda é pela segurança de terceiros”, diz Mota.
Outra reunião deverá ser realizada com a presença de vereadores, órgãos de segurança e a Associação de Amigos Portadores de Deficiência do Tapajós, para que possam tomar medidas com relação a esse problema.
Fonte: G1