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Deficiente físico protesta contra a falta de transporte adaptado

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A falta de estrutura para os deficientes físicos se locomoverem na cidade, com inúmeras barreiras físicas, um problema antigo e comum em todos os municípios do Brasil, é motivo de queixa do estudante Rafael Reis Rocha, 24 anos, que manifesta sua indignação com a carência de transporte coletivo adaptado para os deficientes físicos, principalmente os usuários de cadeira de rodas.

Rocha, que concluiu o segundo colegial e pretende cursar a faculdade, pondera que o seu sonho está longe de se tornar realidade, já que a falta de veículos com acessibilidade é um transtorno diário. “Para me deslocar até a Associação dos Deficientes Físicos de Uberaba (Adefu) tem custos. Como não consigo um contrato de trabalho, não posso custear as despesas com o transporte. A Adefu não viabiliza o transporte, há uma empresa de vans que terceirizou o serviço e o custo é de R$ 200,00 a R$ 250,00 por mês”, desabafou.

Rafael ressalta que mora na rua Foriza Fontoura Rosa, no bairro Beija-Flor II, e o comércio nesta região também não possui rampas de acessibilidade. “Além da ausência de rampas para cadeirantes, a sinalização é deficiente. A atual administração deveria dar mais atenção aos deficientes físicos”, pontuou.

Adefu – Segundo a presidente da Adefu, Ersileide Laurinda da Silva, há alguns anos, havia o transporte, mas, atualmente, a instituição não oferece o serviço. “Os associados negociam com uma empresa terceirizada, são duas vans. Antigamente, a Adefu tinha uma parceria viabilizando o transporte, mas ficou oneroso para a instituição.

Não tivemos mais condições de manter. A prefeitura tem um projeto de transporte da Seds que leva para uns locais, mas tem de preencher alguns requisitos. O ideal seria a prefeitura idealizar o transporte para os portadores de deficiências. A prefeitura repassa para nós uma verba mensal, cede professores e psicóloga”, argumentou.

Prefeitura – Conforme a assessoria da prefeitura, através da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), há convênio para o custeio e manutenção da instituição. “A Adefu recebe R$ 87.648,00 por ano (divididos em dez parcelas de fevereiro a novembro), que podem ser gastos com material de higiene e limpeza, alimentação, combustível, recursos humanos, pequenas reformas, materiais para manutenção de bens móveis e imóveis e manutenção de veículos. No caso específico, o transporte é de responsabilidade da instituição. O recurso disponível pela prefeitura não prevê compra de veículo, apenas combustível e manutenção”, esclareceu.

 

Fonte: Jornal de Uberaba

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