Deficientes auditivos fizeram um protesto na Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta quinta (22) para reivindicar a presença de intérpretes de libras na Casa. Eles tinham ido participar de uma audiência pública que discutiu a empregabilidade da pessoa com deficiência.
Segundo os manifestantes, a CLDF descumpre a lei distrital 4.317/2009, que prevê a presença de intérpretes e exclui a participação e acompanhamento das sessões por deficientes auditivos.
“Viemos nessa audiência pública para discutir caminhos que melhorem a educação e empregabilidade de pessoas com deficiência no DF. Esta Casa, que aprova leis, não cumpre a lei que permite a contratação de intérprete de libras para que os surdos possam ter o direito de entender o que está sendo discutido”, disse o presidente do Instituto Cultural Educacional e Profissionalizante do Brasil (Icep), Sueide Miranda.
Cerca de 200 deficientes auditivos permaneceram na entrada da Casa até serem recebidos pela Mesa Diretora, o que ocorreu por volta das 10h30. Dois intérpretes foram chamados para o grupo pudesse acompanhar a sessão. Eventualmente a Câmara contrata intérpretes para as sessões.
O presidente da Câmara, deputado Wasny de Roure, a cobrança é legítima, mas ele pediu um prazo de 30 dias para dar uma resposta à demanda.
“É uma dívida que nós temos e eu espero poder oferecer uma resposta concreta, porque isso envolve ampliações de contrato de terceirização e eu preciso estar bem instruído por parte da nossa Procuradoria e dos gestores da Casa para não cometer infrações administrativas”, explicou.
O presidente do Icep afirmou que em 15 dias voltará a cobrar um parecer da Câmara e espera uma medida emergencial, com planejamento de concurso para contratação de servidores intérpretes.
Segundo Sueide Miranda, o DF possui 100 mil surdos e 600 mil deficientes auditivos.
G1