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Feira reúne equipamentos modernos de reabilitação para pessoas com deficiência em SP

equipamentos modernos de reabilitação para deficientes

Uma feira em São Paulo mostra os equipamentos de reabilitação mais modernos que existem para melhorar a vida das pessoas com deficiência. São muitas novidades, desde equipamentos como próteses e cadeiras de rodas mais leves e fáceis de usar, até em esportes adaptados para quem tem algum tipo de deficiência. Quem usa um equipamento desses sabe quanta diferença a tecnologia pode fazer.

Sossego é uma palavra fora do vocabulário de David Santos Souza. Ele é um jovem inquieto. David teve o braço direito amputado em um acidente na Avenida Paulista, quando ia de bicicleta para o trabalho no início do ano.

Quatro meses depois do acidente, ele está se adaptando a nova prótese. “Já estou uma semana e meia com ela. Eu tenho que usar todos os dias para estar movimentando, para poder acostumar os movimentos e pegar uma sequência boa. Até fazer os movimentos sem precisar ter que ficar olhando para a prótese”, conta o auxiliar de brigada de incêndio.

O desenvolvimento de novas tecnologias ajuda portadores de deficiência a viver melhor. Recuperar movimentos e se locomover com mais facilidade no caso deles significa também economizar energia e preservar o corpo.

Foi pensando nisso que uma empresa da Islândia inventou uma prótese com joelho motorizado. “Ela funciona através de uma bateria que o paciente recarrega todas as noites, tira a prótese, como se fosse um celular que a gente recarrega em casa”, explica o protesista
Jairo Blumenthal.

Com ela, Jeancarlo Ravizzoni precisa fazer menos esforço para subir uma escada, por exemplo. Mas por enquanto ele está só testando. A prótese custa R$ 200 mil. “Eu ainda sou novo, mas no futuro vou ter que buscar uma dessas mesmo para mim, porque protege o outro lado e a não forçar os músculos. Vou ter uma vida ativa mais longa”, afirma o técnico ortopédico.

Os recordes batidos nas pistas do atletismo paralímpico também acontecem graças a próteses, testada durante a feira. Mas preço ainda é um problema para quem precisa de equipamentos especiais. “A maioria da população não tem condições de adquirir. E isso não é um luxo, é uma questão de melhorar a vida para não causar outros problemas”, afirma o atleta Bruno Landgraff das Neves.

Bruno e Marinalva são velejadores e participam de competições. Eles estão ajudando a desenvolver cadeiras de rodas que atendam melhor as necessidades dos cadeirantes. As tradicionais pesam 17 quilos. A deles, só 12.

Além de leveza o fabricante pensou também na beleza. “Me sinto bem e a minha autoestima também precisa disso. É muito importante o design da cadeira para você se sentir melhor e mais confiante”, ressalta a atleta Marinalva de Almeida.

Essas cadeiras de rodas mais leves foram desenvolvidas em uma parceria da Rede Hospitalar Lucy Montoro com o fabricante. As cadeiras serão pagas pelo SUS – o Sistema Único de Saúde – e entregues a pacientes da Rede Lucy Montoro, que é especializada no tratamento de pessoas com alguma deficiência motora.

G1

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