Pai com filha autista de 8 anos chama a atenção durante um protesto em Cuiabá
“Eu os trouxe para a escola. É aqui que vão aprender”, enfatizou ao levantar um cartaz com uma das mãos enquanto a outra servia para empurrar a cadeira de rodas em que estava o filho André. O garoto e a irmã, de 8 anos de idade, também seguravam cartazes e acompanhavam o pai no ato. “Tenho 8 anos, acabei de aprender a ler e escrever. Estou na luta. E você?”, é uma das frases carregada pelos filhos.
O manifestante considera que a passeata é o grande momento em que a sociedade pode gritar pelos seus direitos e cobrar por um retorno do poder público. Por conta disso, ressalta, sempre participa de manifestações populares e quando dá, aproveita para levar os filhos com o objetivo de “aprender” a contestar por uma sociedade mais justa.
Uma multidão começou, por volta das 17h, a percorrer a Avenida Getúlio Vargas. O grupo seguiu pelas avenidas São Sebastião, Isaac Póvoas e Tenente Coronel Duarte (Prainha) até retornar para a Praça Alencastro. Foram duas horas de passeata e a frente da Prefeitura foi completamente tomada por estudantes, universitários, pessoas de diversas idades. Lá, os organizadores do movimento aproveitaram para chamar a atenção dos manifestantes quanto à dificuldade enfrentada diariamente pelas pessoas que dependem exclusivamente do transporte público.
O protesto transcorreu de forma pacífica durante todo o percurso e teve o acompanhamento de policiais militares do Batalhão de Trânsito, como também de agentes de trânsito da prefeitura. Esta é a segunda manifestação realizada em Cuiabá em quatro dias. No domingo (16), um grupo decidiu protestar durante a Caminhada No Clima da Copa, realizada pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa). Eles percorreram cerca de dois quilômetros do Museu do Rio, no bairro Porto, até o local onde está sendo construída a Arena Pantanal, que vai sediar quatro jogos na Copa do Mundo de 2014
G1