Algumas crianças que sofrem paralisia cerebral podem chegar a uma vida de conquistas, alegrias e independência, desde que seja feito um tratamento eficaz e uma reabilitação física, como é o caso de Nathalia Fernandez.
A jovem de 19 anos tem motivos de sobra para sorrir. Desde que estava na barriga da sua mãe, Leda Blagevitch iniciava sua luta pela vida. Aos sete meses de gestação, Nathalia parou de se mexer, ela sofreu a lesão cerebral intrauterina. Ao perceber que havia algo de errado, Leda procurou pelo médico que cuidava do seu pré-natal, porém o profissional não identificou o perigo. Leda precisou esperar uma semana para dar à luz e, por esse motivo, foi feita uma cesariana às pressas. Nathalia nasceu aparentemente normal. Aos seis meses de idade, numa consulta de rotina, o pediatra percebeu que o bebê olhava fixamente para um determinado ponto e um olho não se mexia. A criança foi encaminhada para um neurologista que diagnosticou o quadro.
Próximo passo
Os pais de Nathalia tiveram o sentimento de revolta em relação ao médico, mas, em vez de dedicar seus esforços em movimentar um processo judicial contra o profissional eles preferiram buscar soluções para o problema da filha. O primeiro passo foi ter o acompanhamento de um neurologista para mapear o que a paralisia havia afetado. No caso de Nathalia, foi afetada a coordenação motora. Ela não consegue caminhar sozinha, precisa do auxílio de terceiros ou de cadeiras de rodas. Até hoje faz sessões de fisioterapia, como a musculação adaptada, que estimulam movimentos com os membros afetados.
Seus pais também a matricularam nas sessões de hidroterapia e equoterapia. Nathalia afirma que se não tivesse feito esses tratamentos, certamente não andaria nem com auxílio de terceiros e seus membros ficariam atrofiados. Outro procedimento foi submetê-la à terapia ocupacional. Quando criança, as sessões eram focadas em exercícios para as mãos e na realização de tarefas do cotidiano, como aprender a cortar os alimentos, amarrar os cadarços, entre outros.
Revista Sentidos