Estudantes com Síndrome de Down superam dificuldades
O estudante do 2º ano do 2º Ciclo, Gabriel Vinícius Campos Queiroz, 11 anos, adora futebol, brincadeiras coletivas e interage com desenvoltura com os colegas. Essas atividades escolares são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo do menino, que tem Síndrome de Down. Gabriel é um dos mais de cinco mil estudantes da rede pública com algum tipo de deficiência intelectual.
Matriculado na Escola Estadual Maria Hermínia Alves, em Cuiabá, há 3 anos, Gabriel é beneficiado pela implementação da política educacional inclusiva desenvolvida na Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT). O Estado disponibiliza um Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies) para atendimento aos pais e capacitações aos profissionais; elaborou Orientações Curriculares para Educação Especial, e ainda potencializa as ações pedagógicas por meio de 400 salas de Recursos Multifuncionais. “Só no ano passado foram cerca de 1,6 mil professores capacitados”, explica a gerente de Educação Especial, Nágila Zambonatto.
“A família tem de acreditar na escola. Conceder a autonomia para que possam trabalhar, mas ser parceria nas atividades. A insegurança é natural. Quando cheguei aqui eu estava completamente desesperada porque não havia tido boas experiências. Hoje, além das aulas no ensino regular, Gabriel frequenta a Sala de Recursos, onde seu desenvolvimento estimulado. Há todo um planejamento de trabalho”. O depoimento é da mãe do menino Gabriel, Juliete Campos das Neves.
Com seis anos de experiência em salas de aula, a pedagoga Silmara da Silva Lopes conta que diariamente aprende com Gabriel e comemora os resultados já obtidos. “Ele já reconhece as vogais e se esforça para finalizar cada uma das atividades. O aprendizado é comum a todos da sala”, finaliza. Como Gabriel apresenta um quadro clínico de bexiga hiperativa e dificuldades na fala, o Estado mantém uma Agente de Desenvolvimento Infantil (ADI) para seu atendimento.
“Meu filho passou anos em uma escola particular e era apenas mais um. Não existia uma proposta de trabalho real para garantir a independência dele. E hoje, já respiro mais aliviada”, destaca Juliete.
Para dar suporte aos profissionais da rede estadual, o Casies mantêm uma estrutura de trabalho composta por profissionais como pedagogos, psicopedagogos, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicólogo, assistente social e terapeuta.
Para a coordenadora do Núcleo de Apoio Pedagógico para Deficiência Intelectual (Napdi), Deglene Brito, “independente da deficiência que possuam, toda criança tem potencial de aprendizado. E cada unidade escolar tem um trabalho direcionado”.
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