Pessoas com deficiência visual participam de sessão de cinema no Museu

Prossegue no Museu da Gente Sergipana a 8ª Mostra Cinema Direitos Humanos da América do Sul com exibição de 38 títulos, que focam temáticas sobre juventude, direitos do trabalhador, mulher, igualdade racial, pessoa com deficiência e população em situação de rua.

Nesta quinta-feira, 19, ocorreram sessões de audiodescrição em diferentes horários, destinadas a pessoas com deficiência visual. Para os demais amantes do cinema, foram disponibilizados equipamentos específicos, fone de ouvido e bandana preta, que permitem que as pessoas sem deficiência sejam envolvidas pelas mesmas sensações e emoção do deficiente visual ao assistir ao filme. “A história nos conta que quando não se entende das coisas é como cego no cinema e nós podemos dizer hoje que o cego no cinema entende toda a sua realidade”, observou a secretária adjunto de Direitos Humanos de Sergipe, Selma Amorim.

O vice-presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Sergipe (Adevise), Jocivaldo Silva de Jesus, garante que os cegos têm emoção até mais fortes, se comparado com as pessoas que não possuem a deficiência visual, ao participar das exibições. “A gente sente o filme, o filme entra na gente e até mais do que nas pessoas sem a deficiência porque vocês estão vendo as cenas e às vezes se dispersam”, observou.

O coordenador da Mostra em Aracaju, Mário Eugênio Paula, informa que os filmes que estão sendo exibidos em nível nacional foram selecionados por uma equipe especializada da Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, a partir das 150 produções inscritas. Entre os selecionados está o filme Caixa D´Água, uma produção sergipana também disponível em audiodescrição [para deficientes visuais], exibido na tarde desta quinta-feira, 19.

A mostra prossegue até o próximo domingo, 22, no Museu da Gente Sergipana, em Aracaju, e também no pólo de cultura na cidade de Lagarto, para onde foram enviados quatro DVDs.

Fonte:Infonet