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‘É de Deus eu aprender a tocar gaita’, diz jovem deficiente visual

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Setembro é um mês em que os gaúchos expressam todo seu orgulho pelas tradições do Rio Grande do Sul, mas para um jovem de Passo Fundo, no Norte do estado, os símbolos desta história têm um valor ainda mais especial. Deficiente visual desde que nasceu, Jean Carlos Terres encontrou nos trajes típicos e na música gauchesca um novo motivo para viver.

Mergulhado na escuridão, no preconceito e na timidez, Jean foi uma criança ausente das ruas por causa de sua deficiência, mas a segurança para andar sozinho foi conquistada na adolescência, quando começou a vestir os trajes típicos do gaúcho. Com bombacha e lenço, se sentia mais à vontade.

Desde criança, o menino sempre sonhou em ter uma gaita. O desejo foi realizado aos 13 anos, quando ganhou o instrumento de presente de aniversário. De lá para cá, o silêncio em uma casa que já foi quebrado com clássicos da música gaúcha e sua autoestima só aumentou.

“É uma coisa que a gente não sabe explicar. É de Deus eu aprender a tocar esse instrumento. E foi uma alegria, uma vitória. Eu estava igual a uma criança quando começa a caminhar”, conta o jovem.

Os acordes capazes de espantar a tristeza, no entanto, também escondem uma preocupação. A gaita que Jean toca é emprestada porque a dele estragou e foi para o conserto. Como tem data para devolver o instrumento, o gaiteiro anda tão angustiado que chega a ficar doente.

Mas enquanto tem sua companheira de acordes, Jean segue sonhando. a tradição trouxe luz para os olhos da alma, e quem já se sentiu diferente agora esbanja orgulho. “O que importa não é a aparência, o que importa é o coração. Venha conhecer o que é o coração da pessoa”, ensina Jean.

 

G1

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