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Audiência Pública na CMM discute Autismo nesta quarta-feira(27)

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Inaugurado na gestão do ex-prefeito Amazonino Mendes, Centro de Atenção Integrada ao Autismo não funciona.
Uma audiência pública na Câmara Municipal de Manaus (CMM) vai marcar o início dos eventos do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. Na audiência, que acontece nesta quarta-feira(27), a partir das 14h, serão debatidos os principais problemas das pessoas com autismo, explica Joaquim Melo, diretor-presidente do Instituto Autismo no Amazonas. No próximo dia 6 de abril, haverá uma corrida na Ponta Negra, às 7h, com o tema “Por um mundo azul”.

Melo explica que após a audiência, a prefeitura e diversas organizações não-governamentais realizarão uma programação que vai durar toda a próxima semana. Na audiência, proposta pela vereadora Therezinha Ruiz, o ponto de maior debate será a falta de políticas públicas para a pessoa com autismo. “Não temos profissionais neuropediatras em número suficiente para fazer o diagnóstico em Manaus, por isso quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS), tem que esperar até oito meses para conseguir uma consulta”, observou ele, apontando ainda a falta de terapia em órgãos do sistema público de saúde. Ele cita que no ano passado foi inaugurado o Centro Municipal para Autistas, mas o local não chegou a funcionar, o que deve acontecer nesta nova gestão. “A prefeitura promete reinaugurar o local e colocá-lo para funcionar”, explicou.

Inclusão

A inclusão ainda é grande problema para as crianças com autismo, revela Joaquim Melo, explicando que embora haja abertura para a entrada dele em sala de aula, falta formação ao professor e falta apoio a este para de fato incluir o autista.

O diretor reconhece que se o problema já é difícil em Manaus, no interior a situação é mais grave, por falta de informação. Mas ele destaca avanços como a criação de uma associação no município de Parintins (a 320 quilômetros de Manaus) e mobilização neste sentido em outros. Com o instituto em funcionamento desde 2011, Melo garante perseguir o objetivo de sensibilizar a sociedade para a causa da pessoa autista, assim como mobilizar os familiares para a busca do tratamento terapêutico e atendimento educacional especializado.

Direitos já previstos em lei

– As estatísticas mundiais indicam que, atualmente, a cada 88 nascimentos, um é de autista, sendo que para cada quatro meninos, uma é menina.

– O autismo não é uma doença, mas uma síndrome, que consiste em transtornos comportamentais do portador dela.

– Ainda não há cura para o autismo, mas pesquisam avançam nessa busca e direção.

– O diagnóstico e intervenção precoces e atendimento multidisciplinar são fundamentais para o tratamento.

– Autistas têm direito à escola inclusiva e/ou especial, assim como ao acesso a saúde, cultura e esporte.

– A necessidade de capacitação de estudantes de diversas áreas da saúde e da educação, para se tornarem profissionais habilitados a desenvolver métodos de intervenção educacional, terapêutica e médica que possibilitem a melhoria significativa da condição de vida do autista são direitos previstos em lei.

– O legislador reconheceu a existência de uma grande população de adultos autistas sem nenhuma ou pouca assistência educacional, terapêutica, médica, enfim, qualquer tipo de intervenção, e cujas famílias necessitaram de apoio público e privado, para que se construir oficinas, centros diários de convivência, residências assistidas, além de obtenção de acesso a cultura, lazer e esporte, direitos legítimos dos autistas.

 

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